Capítulo 17
Sentada à mesa, Lucinda serviu uma tigela de sopa de galinha fresca para Liliane.
Ao olhar para a superfície dourada de óleo flutuante, o estômago de Liliane revirou.
Uma onda de náusea a atingiu e ela correu com pressa para o banheiro.
Enquanto observava isso, Lucinda ficou perplexa no local, mas logo um sorriso de surpresa apareceu em seu rosto.
Quando Liliane voltou com o rosto pálido, Lucinda perguntou sorrindo:
–
Srta. Liliane, seu período está atrasado?
Liliane, segurando a xícara de café na mão, respondeu com tom fraco:
– Minha menstruação nunca foi regular.
– Srta. Liliane, se eu não estiver enganada, você pode estar grávida. – Lucinda disse.
De repente, Liliane parou seu movimento e ergueu o olhar com espanto para Lucinda.
– Grá… Grávida?
–
– Sim, vou sair e comprar um teste de gravidez para você verificar. – Lucinda assentiu.
Liliane esboçou um sorriso amargo.
–
Dona Lucinda, William e eu sempre tomamos precauções. Deve ser apenas um desconforto estomacal recente, não pode ser uma gravidez.
–
Nesse caso, vou preparar pratos para melhorar a saúde do seu estômago nos próximos dias. – Lucinda lamentou.
–
Liliane concordou com seus sentimentos complexos.
–
Dona Lucinda, por favor, não conte ao William sobre o meu desconforto
estomacal.
– O Sr. William realmente se preocupa com você. – Lucinda aconselhou.
–
Eu sei, mas ele está ocupado, e eu não quero que ele se distraia com os meus problemas… – Liliane sorriu.
Após o jantar, Liliane subiu às pressas as escadas.
Na verdade, ela não tinha certeza se estava realmente grávida ou não.
Naquela noite no carro, eles não tomaram nenhuma precaução, mas também não pôde evitar que fosse um problema de saúde.
Liliane levou a mão ao estômago, ansiosa.
Se ela estivesse grávida, ela poderia manter o bebé?
William não aceitaria um filho concebido com uma amante, certo?
Com preocupações, Liliane vagou de um lado para o outro no quarto, pensando se deveria sair de casa.
Às dez da noite.
Liliane ouviu o som do motor de um carro vindo do andar de baixo.
Ela se aproximou da janela e viu o carro de William estacionado lá embaixo, apressando–se para descer.
Eles não se viam havia uma semana, e William parecia cansado, apesar de sua aparência elegante.
Liliane sabia da agenda ocupada de William nas últimas semanas, com viagens constantes a trabalho.
Quando Liliane apareceu diante de William, ele a olhou com surpresa e perguntou:
Aconteceu algo?
–
Amanhã gostaria de ir ao hospital para visitar minha mãe.
–
Liliane assentiu.
–
Vamos subir e conversar. – William se dirigiu até a escada.
Liliane o seguiu até seu escritório.
Ele se sentou à sua mesa e, afrouxando a gravata, perguntou:
A que horas você planeja ir?
Enquanto servia um copo de água, Liliane olhou para William e disse:
–
Pela manhã, está bem?
Com isso, ela trouxe água para William.
Ele olhou fixamente para a xícara por um momento e, respondeu em um tom frio:
Depois que terminar, vou pedir a Jorge que a leve de volta a empresa.
Liliane não esperava que William concordasse tão facilmente e até permitisse que ela voltasse para o trabalho.
Ela reprimiu sua alegria e respondeu de forma humilde:
Está bem.
O que Liliane não sabia era que William tinha percebido sua alegria no momento em que ela a escondeu.
– Venha aqui. – Ele ordenou com seriedade.
Liliane olhou para ele, sabendo muito bem o que ele queria.
Ela hesitou por um momento, mas acabou se aproximando.
William a segurou por trás e a beijou com paixão, um beijo que queimava de desejo.
Liliane se entregou de maneira obediente, sabendo que havia conquistado a chance de sair de casa e não queria perdê–la. @
Segunda–feira.
Liliane acordou cedo, enquanto William ainda estava dormindo ao seu lado.
Ela levantou em silêncio da cama e saiu.
Após o café da manhã preparado por Lucinda, ela pegou um táxi para o departamento de ginecologia do hospital.
Depois de fazer os exames, ela segurou o resultado do exame e procurou o médico.
– Você está grávida de seis semanas. Tenha cuidado com suas atividades íntimas.
—
–
O médico lembrou.
Seis semanas? – Liliane ficou chocada.
O médico a encarou com testa franzida.
–
O que aconteceu? Você não quer o bebê?
Eu estava tomando ánticoncepcionais, como posso estar grávida? – Liliane estava insegura perguntando.
–
Os anticoncepcionais de emergência não são 100% eficazes, e não prejudicam o
gravidezes. Pense bem…
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–
O médico explicou.
Liliane saiu do consultório com o exame em mãos, ainda atordoada.
Ela realmente estava grávida… Uma criança de William.
Mas ele aceitaria o bebê?
Depois de refletir, Liliane tirou uma foto do exame e encontrou a conversa com William.
Ela sentia que ele como pai da criança tinha o direito de saber.